terça-feira, 18 de março de 2008

- Como passar uma semana inteira estressado (Lara)

1. Arranje um namorado/a e curta todo aquele clima de início de namoro... aquilo de querer ver o amado/a a todo instante.

2. Pergunte a sua mãe se ela vai fazer alguma coisa e diga a ela que vá passear pelo Nordeste, sem previsão certa de voltar (três dias, cinco, um mês, a vida toda...)

3. Tenha para fazer: dois trabalhos insuportáveis de sociologia, um ensaio, um artigo, uma análise publicitária, duas provas e um artigo para apresentar. E mais uma matéria não-concluída, cujo professor ia passar todo mundo, mas alguém sugeriu que isso seria injusto... (esse é o boato que eu soube, não fui a essa aula)

4. Fique de babá. Arranje uma irmã hiperativa, que não gosta de dormir e que quer ficar o tempo todo assistindo futebol ou brincando no quintal – qual o problema disso? O computador fica no quarto, não no quintal! (leia o item 5 e saiba por quê o computador será importante)

5. Passe o dia inteiro em frente ao computador, até sua coluna ficar tão fudida (desculpem o termo) que ela comece a pressionar seus rins e os seus braços doam e sua bunda fique amassada. Junte a isso: cozinhar, olhar sua irmã, dar banho e comida a ela, colocar para dormir, arrumar a casa...

6. Dormir... isso é tudo o que você vai querer no final do dia. Então pegue uma cama de casal, vários travesseiros... (hum... bom, né?) e um colchão duro feito pedra e sua querida e linda irmã, que não fica quieta quando dorme. E você fica espremido em um canto, enquanto ela roda a cama toda, puxando seu lençol, te empurrando... e, para completar, acorda pouco antes das 6 da manhã. (nada mal acordar assim cedinho... ainda mais depois de você ter ido dormir de madrugada, tentando terminar seus milhares de trabalhos)

7. Achou tudo isso pouco? Mande os seus amigos te ligarem, chamando você para lugares legais e você tenha que dizer: “Que merda... nem posso ir, tenho que fazer um trabalho aqui”.

8. Ligue para o seu amado/a, todo carente, cansado e desesperado, querendo ouvir algo bom e reconfortante... um “eu te amo, amor” (quem sabe?!) e escute isso: “- Oi, tá fazendo o quê? – Ah... eu tô numa festa aqui!” ou então: “Cara... ontem foi foda! Saí com uns amigos... quando cheguei em casa já era 6 da manhã!”

9. Se você for mulher, querido ser que está tendo a paciência e a bondade de me ler agora, acrescente uma tpm básica a tudo isso.

10. Fique preso em casa. Você e sua irmã. Mande sua avó ir ver a Paixão de Cristo, mande seu irmão ir viajar pelos interiores afora, mande seu pai não parar em casa. Fique só você e sua irmã, por uma semana inteira, sem poder sair de casa.

11. Precisa de mais algum motivo para ficar estressado? Porque eu estou a ponto de matar qualquer um que me apareça agora!! Grrrr

Bom... depois de tudo isso... Acalme-se. Espere para ver se sua mãe volta. Talvez ela te traga um daqueles chaveiros “Lembrança de não sei onde”. E, quem sabe... seu amado/a diga que sentiu sua falta durante esses dias.

- Lara :*

terça-feira, 4 de março de 2008

Perdi minha virgindade - uma delas na verdade (Nikos)

Perdi uma de minhas virgindades este último sábado. Eu assisti a um jogo de futebol em um estádio. E era um clássico.Well, na verdade não era bem um jooogo, era um jogo. Nem podemos afirmar que era aquele estááádio, mas tinha um campo ao menos.Mas um clássico foi. Um clássico de dois times não muito conhecidos, não muito bons, não muito times. Eu fui a um jogo do Sergipe VS Confiança. E devo dizer: superou todas as minhas expectativas.Comecemos pelo começo do princípio inicial. Fui com dois amigos meus e dois irmãos amigos de um dos anteriores. Esses irmãos torciam pelo Sergipe (que a partir de agora será denominado gipão). Estava escolhido meu lado do estádio. Como todos os outros quebrados do mundo, fomos by busu (que como sempre estava cheio, fedendo e a ida foi uma bosta). Quando estávamos a chegar, fomos avisados pelos irmãos que o nosso ponto seria o segundo, pois o que fica em frente ao estádio pertencia ao Confiança. Neste ponto minha nova experiência começa, neste ponto o futebol de gramado ao vivo começou a se inserir em minha vida.Descemos no ponto designado e nos direcionamos a portaria. Nada que eu não esperasse: gente feia, gente bêbada, gente feia e bêbada e outras associações desconcertantes e traumatizantes. Compramos os ingressos, tomamos duas cervas cada um e adentramos o sagrado gramado sergipano. Again, nada que não esperasse. Antes de subir às arquibancadas passamos por um tipo de portal do inferno de comidas oleosas, assassinas e psicopatas. Juro Pelos Deuses! que um cachorro quente urrou para mim e eu vi um pastel atacar uma criança. Passado esse estágio letárgico de punição, subimos as escadas, e... fiquei surpreso. Realmente surpreso.O Batistão é realmente um estádio! Bonito, arrumado e aconchegante. Tudo de uma forma bem simples e, convenhamos, sergipana. Tinha bastante policiamento e as torcidas organizadas estavam próximas mas isoladas. Subimos a parte da arquibancada designada aos torcedores não-engajados em torcidas semi-criminosas organizadas e ficamos quase no topo desta. Quando encontramos outros amigos dos amigos do meu amigo, sentamos e ficamos assistindo a partida juvenil que estava rolando na hora.Deveras interessante. A rapaziada tinha bastante garra e até mesmo algum talento. Tudo isso sem ter almoçado e estando jogando em pleno começo de tarde. Velho, os caras devem ter batido muito nas mamãezinhas deles para estarem sofrendo daquela maneira....Gipão juvenil 6 X 0 no Confiança juvenil. Começamos bem.O jogo das crianças terminou, e após um momento de preparação, aquecimento e outros desdobros, teve início o jogo de verdade. Aquele que todos esperavam. Aquele que valeu R$ 3,50.Povos que possam a vir ler este post. Segue agora um esclarecimento para todos. Sou muito preguiçoso. Muito mesmo. Acho que possuo alguma estranha doença. Ou moscas tsé-tsé com parasitas enfraquecidos por terem contraído uma versão reduzida da peste negra me contaminam a todo o momento, resultando em minha falta de disposição. E elas são invisíveis.Por isso que resumirei o jogo em uma frase: meio tosco, meio feio, meio frustrante. Confiança venceu o Gipão por 2 X 0.Ficamos putos. Mesmo eu não sendo realmente um torcedor do Gipão. Aí chego realmente na melhor parte do jogo: torcer.É incrível como é contagiante, você estar cercado por várias pessoas, todas elas ansiando o mesmo final, o mesmo desfecho. O que me leva a outro apontamento: a torcida do Gipão é uma merda. Parece a porra da torcida do São Paulo. Todo mundo fica sentado, ninguém grita, ninguém vibra. No máximo aquelas pessoas podres batiam palmas (às vezes) ou xingavam os jogadores (sempre). Isso é o contrário do que uma torcida deveria fazer. Uma torcida de verdade está lá, gritando, ajudando, inflando o time. Os xingamentos ficam para depois do jogo. Tirando a TEC (Torcida Esquadrão Colorado) e a galera que eu estava junto, muita pouca gente realmente torcia.Já a torcida do Dragão parecia torcida de time grande. Deu até orgulho de ver.Uns acontecimentos a parte foram as milhares de brigas e focos de guerrilha urbana entre as torcidas organizadas. Perdi muitos lances do jogo para rir dos malaca tomando cacete dos poliça.No geral a tarde foi muito boa, bastante divertida. A cerva tava gelada, vibrei, curti, vi malaca apanhando. Uma bela tarde de família.

Postado originalmente em: http://www.anodobastardo.blogspot.com/