domingo, 30 de dezembro de 2007

- uma história de amor, ódio e cenouras (Filipe)

O que você pode fazer em meia hora? Eu tenho que fazer um texto pro blog e procurar um filme pra baixar. Além de fazer um texto para o blog e procurar um filme para baixar, eu preciso pensar no texto e no filme.

Enquanto eu vou pensando em cada parágrafo do texto, eu vou pensando em filmes que eu poderia baixar. Então não se assuste se achar um nome de filme perdido por aqui ao invés de um pedaço de texto (como eu não vou me assustar se eu procurar um pedaço de texto ao invés de um nome de filme).

A parte mais chata que escrever qualquer coisa é pensar no que escrever. Mais chato do que pensar em escrever é você ler eu pensando no que escrever. A melhor saída para escrever alguma coisa rapidamente é escrever uma história ou uma teoria. História é baba. A teoria é só ter um pouquinho de criatividade. Ou você olha ao seu redor procurando algo que ninguém pensou, ou você pensa em algo pessoal (ninguém vai poder pôr isso à prova). Caso não consiga pensar em nada disso também, fale sobre cenouras. Não tem erro.

Aliás, já viram como se faz um rádio à pilha funcionar com apenas uma cenoura e manteiga? Primeiro você derrete a manteiga e rala a cenoura, depois "Killer’s Kiss". Aí é só tentar ligar o rádio. Claro que você pode usar qualquer aparelho elétrico, o rádio foi só exemplo.

Até mais ver

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

- cinco discos para se ouvir durante o banho (Ricardo)

Listas são quase invariavelmente um tanto inúteis e aleatórias. Não fujo à regra: esta aqui de nada serve rigidamente, e poderia apresentar com facilidade resultados totalmente diversos. Além disso é também insensata, pois já se foi a época de desperdiçar água assim, como só de uns tempos pra cá a grande mídia resolveu declarar. Na próxima tento fazer sobre discos para se ouvir no banho de lama de beleza de certa montanha remota do Butão, e me redimo ao Fantástico. Por fim, ela é sobretudo preguiçosa e enganadora, pois graças à morosidade da tarde e do cansaço de nada fazer, reduzo o que era de cinco a apenas um, tornando-se o primeiro item, que já estava escrito, o único.


PJ HARVEY – IS THIS DESIRE?

Este é um dos discos mais sombrios e introspectivos que já experimentei escutar. Registra doze faixas profundas, sorumbáticas, de uma beleza submersa que não seria prudente descrever muito longamente sob o risco mesmo de perder por eloqüência a sua natureza silenciosa. Não saberia dizer nem de perto os litros que fiz cair inspirado por temas como “The Garden” e “Catherine”; imagino que seja a aproximação à experiência de afogamento e a angústia que PJ Harvey traz aqui que entorpece um pouco o sujeito que a escuta. Vale esvaziar a caixa d’água inteira.

PJ Harvey - "Electric Light"



Se alguém anda lendo isso aqui, que fique o convite a completar esse post negligente com seus próprios discos enxurralhados.

:)
- Ricardo

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

- aspa (Ricardo)

O sono aqui é grande e não tenho nada escrito pra postar. Deixo um pedaço de texto do Daniel Galera ainda da época do CardosOnline. Não discuto as qualidades literárias dele; só li o "Dentes Guardados" e portanto não me atrevo a dizer nada. De qualquer forma, isto é mais uma crônica, eu acho.

Sei que ele escreveu coisas melhores no COL, na "Farrapos". Ou não. O sono é grande, enfim.

- Ricardo

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"Minha coluna anterior não saiu porque não tive tempo de escrevê-la. Estava em Gramado, participando da cobertura do Festival de Cinema para o portal Terra, onde trabalho desde maio. Trabalho essencialmente jornalístico, muito embora na internet o limite entre jornalismo, publicidade, design e tecnologia não faça muito sentido. As coisas se juntam. Em Gramado, fiz entre outras coisas: tirar fotos digitais, filmar entrevistas com câmera digital, editar as imagens e vídeos obtidos, fazer matérias jornalísticas e enviar notas pelo celular para a redação, resenhar filmes, publicar releases, editar o site especial do Festival (design, diagramação, programação), instalar e resolver problemas de hardware etc. Tudo ao mesmo tempo. 'O profissional do futuro' e tal. Pau pra toda obra. Éramos quatro, num stand na sala de imprensa, trabalhando na cobertura. Tudo era feito lá em Gramado mesmo, não mandávamos nada para as Redações de São Paulo ou Porto Alegre. Os chefes só ficavam supervisionando o resultado e mandando xingões por ICQ. Profissionalmente, foi uma puta duma experiência, embora exaustiva.

Podia ser menos exaustiva, se eu não fizesse questão de sair e beber todas as noites. Foi foda. Dormir umas 3 horas por dia e trabalhar 14h, 15h direto, saindo só pra comer sanduíche ou bater fotos na rua. Acabávamos o trabalho lá pela 1 da manhã. E eu ia direto pras festas. Que foram todas furadas. O único lugar que parecia reunir as pessoas era o bar do Hotel Serrano. Nas madrgadas lá estavam imprensa, celebridades, staff do evento, todo mundo. Festas sem nada de
especial, bebida cara etc. Mas mesmo assim eu ía. Porque, pelo menos pra mim, é melhor sacrificar o sono e tomar uns tragos do que ficar na mera alternância trabalho/hotel. Isso é de enlouquecer. Tem que chutar o balde um pouco, se preocupar com outras coisas, adicionar uma pitada de inconseqüência ao esquema, senão vira tortura.

Não tive tempo de ver os filmes, com exceção de um, Pantaleón y las visitadoras, peruano, que veio a ser o grande vencedor do Festival. Um filme bem legal mesmo. Inteligente e engraçado, com uma história que não tinha como dar errado: um militar todo certinho é designado para criar um serviço de prostituição que atenda os soldados da selva peruana, cujo furor sexual gera uma onde de estupros na região. Mas a maior atração do filme é a comentadíssima atriz boazuda Angie Cepeda, que faz o papel de uma das prostitutas, a Colombiana, uma mulher sedutora e misteriosa que leva o herói a cometer uma série de desatinos. Ela é indescritivelmente gostosa. A única tentativa de descrição que vi nos jornais arriscava um 'beleza sobrenatural' para defini-la. Infelizmente, ela não compareceu ao Festival.

Eu sempre quis matar minha curiosidade sobre alguns aspectos do trabalho jornalístico: até que ponto o jornalismo é mais, ãh, digamos, digno, do que a publicidade? Por princípio, o jornalismo é uma atividade muito mais nobre. Visa informar, esclarecer, gerar debate etc. A publicidade nunca teve problemas em se assumir como um mecanismo de enfiar produtos goela abaixo das massas, o que lhe confere pelo menos uma qualidade: a honestidade (que não está presente, evidentemente, nas peças publicitárias em si, mas sim no ambiente profissional). Já no caso do jornalismo, nunca compreendi direito. Um cara que tá fazendo uma daquelas matérias rasas e sensacionalistas para a agora extinta Revista ZH, ou que está redigindo uma notícia política segundo restrições e orientações editoriais que nem sempre permitem alcançar o ideal de objetividade, o que passa pela cabeça dele? Os ideias de nobreza do jornalismo são uma preocupação presente na cabeça dos profissionais?

Minha experiencia própria e observações do trabalho alheio no Festival só confirmaram minha impressão de que o jornalismo cultural funciona hoje em dia mais com o objetivo de vender o jornal do que de fato cobrir, noticiar e resenhar a cultura para o público. Claro, isso não é nenhuma novidade, mas quero passar minha sensação depois de trabalhar com a coisa. O trabalho básico consiste em arranjar imagens e declarações de celebridades, reescrever releases e elaborar pequenas materiazinhas sensacionalistas. Eventualmente, um comentário crítico, uma entrevista mais profunda com um diretor idoso, feio, rabugento, mas importante. Mas não demais, sob o risco de aborrecer o leitor/espectador.

Mesmo assim, o jornalismo ainda está numa situação um pouco melhor do que a publicidade, pois nele é maior o espaço para encaixar um pouquinho de inteligência e crítica no meio de todo o espetáculo. Na publicidade, isso é quase inviável, pela própria natureza da atividade. É possível captar, nos jornais, esse esforço de transcendência, pipocando aqui e ali no meio das grandes fotos coloridas. Acho que em qualquer profissão, em maior ou menor grau, isto é possível: transcender a finalidade última - a econômica. Fazer com boa-fé, explorar o potencial afetivo, intelectual ou emancipatório de uma profissão. No caso do jornalismo, transcender o fato de que se está produzindo conteúdo para uma empresa que, com poucas exceções, só quer mesmo é vender o máximo possível daquele monte de papel impresso, pro maior número de pessoas possível.

Deixando os princípios e ideais de lado, devo dizer que foi legal ficar pra lá e pra cá tirando fotos de artistas e de meninas escupulosamente arrumadas para o desfile público do fim-de-semana nas calçadas de Gramado. Ter um crachá de imprensa no pescoço torna facílima a tarefa de conseguir a atenção de um ser humano. A possibilidade de sair numa foto de jornal ou internet é um desejo secreto de boa parte das pessoas. Foi divertido lidar com isso.

A relação das celebridades com a câmera, por outro lado, é uma coisa completamente distinta. Alguns têm mais boa vontade de que outros. Alguns realmente são simpáticos e se esforçam pra dar atenção à imprensa. Mas nunca deixa de existir a sensação de que toda essa encenação para o espetáculo da mídia é um fardo tremendo, tanto pra jornalistas quanto para celebridades. A relação é ambígua: o fotógrafo não tá nem aí pra vida desse monte de artistas babacas; os artistas não aguentam mais o pé-no-saco de posar pra fotos e conceder entrevistas rasteiras e repetitivas. Mas, nas entrelinhas, rola uma certa cumplicidade: os dois lados sabem que estão representando no mesmo palco, e sem a metade oposta, o show acaba. E é do show que tiramos o sustento."

domingo, 23 de dezembro de 2007

- este blog tomou dramin (Ricardo)

e vai remediar o enjôo de mais cedo com sonolência.

até terça-feira, eu acho.

- Ricardo

- soberbia, aqui me tens de recesso (Ricardo)

1. Faz já bem mais de ano que não me arrisco nisso de blog. Sempre tive a impressão de que não passava de exercício gratuito e mais ou menos público de vaidade (minha). Passava toda vez a usar a falta de tempo como desculpa para os inúmeros abandonos coisa de todo inútil, visto que o assunto era irrelevante e o único que ali havia para me perdoar era eu mesmo.


2. Re-ces-so: a ponta da língua apenas deitada à raiz dos dentes em três frêmitos preguiçosos, já que todo o esforço é da garganta, do maxilar e dos lábios. Re. Ces. So.


3. Besta velha da antigüidade dial-up, vou à forra e coloco vídeos agora que dá pra fazer isso.

3.1. audição freqüente desses e daqueles tempos.



3.2. esse é pra servir de babaquice temática. por favor, não use "esse eh velho" nos comentários pra que todos possamos saber que você já tinha visto há muito tempo - aliás, que você conhece desde criancinha. iria soar ridículo demais no caso.


3.3. não encontrei nada sobre formigas africanas assassinas. depois do anterior deu vontade de ver.



- Ricardo

sábado, 22 de dezembro de 2007

- Sábado, fui andar na praia... (Elaine Mesoli)

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas.
Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora.
Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo.
O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

Arnaldo Jabor

- Para se roubar um coração... (Elaine Mesoli)

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos,
com cuidado.
Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que
furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho,
requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda
em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.
É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente
tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem,
falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes
já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.
...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.
Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.
Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?
Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria,
sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
... e é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...
é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração,
afinal de contas, corações são para serem divididos,
e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.


Luís Fernando Veríssimo

- O tempo (Elaine Mesoli)

O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas... Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.


Mário Quintana

domingo, 16 de dezembro de 2007

- A menina e o arco íris (Elaine Mesoli)


Todo dia, a menina corria o quintal, procurando um arco-íris. Corria olhando para o alto, tropeçava e caía. Toda vez que se machucava, vinha chorando uma cor. Um dia, chorou o anil até esvaziá-lo dos olhos. Depois, chorou laranja, chorou vermelho e azul. Chorou verde. Violeta. Amarelo e até transparente! Chorou todas as cores que tinha, todas as cores de dentro. Então, abriu os olhos e nem o arco-íris, ela viu. Não viu flores e borboletas. Não viu árvores e passarinhos. Pensando que era ainda noite, deitou-se na cama e dormiu. Pensando que era tudo escuro, nem levantar-se ela quis! Ficou dormindo cinzenta, por dias e noites sem fim... Foi quando um sonho, tão colorido, derramou-se dentro dela! Tingiu o travesseiro e a fronha, o lençol e o pijaminha. Tingiu a meia e o quarto. Tingiu as casas e os ninhos! A menina abriu a janela e viu que hoje não tinha arco-íris. Mas tinha o desenho das nuvens. Tinha as flores e um passarinho.

Rita Apoena

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

- O Diário de Um Monitor [Parte 4] (Pedro Ivo)


No sábado, último dia, acordei atrasado (!!), engoli alguma coisa e fui voando pra a universidade. Nesse dia, curiosamente, muitos monitores haviam faltado e muitos palestrantes também. Cogitava-se até que alguns deles já estavam voltando pra suas casas antecipadamente. Pela manhã o trabalho foi até reduzido, uma vez que algumas pessoas que apresentariam algum trabalho nem apareceram. Na hora do almoço teve uma surpresa legal. Eu e Nikos não almoçamos sozinhos. Almoçaram junto com a gente Daniel Lolo, Igor, Brucce, Thiago e Rafael Santos. Foi uma refeição massa e eu ainda consegui me sujar (fome com pressa deu nisso ¬¬). Voltamos uma da tarde pra a última parte das palestras. Houve uma "junção" como na sexta, mas dessa vez porque teve poucos palestrantes, apenas quatro dos oito que deveriam apresentar no total. Operei as últimas quatro apresentações e guardei pela última vez junto com Elaine o computador. Quando o trabalho todo do congresso havia acabado, todo mundo foi começando a ir embora e eu ainda sentei um pouquinho com Dani e Ligier pra conversar antes de eu ir embora. Quando tudo terminou tive a visão rara do estacionamento da UFS vazio, apenas com meu carro, bem como a universidade toda. Ainda tinha que fazer a viagem de volta pra a Caueira, mesmo morto de cansado.

Mesmo com uma saída tão solitária, eu tive a certeza de que o nosso dever foi mais do que cumprido e que todo mundo se superou no que fez. Pelo que soube, ainda houve uma festinha na casa de Nikos quando o congresso terminou, mas eu já tinha essa viagem programada, e não podia voltar atrás.

Com certeza haverão outros congressos da SBPJor e todos ele terão uma monitoria, claro.Mas posso arriscar dizer que uma monitoria mais animada e mais disposta que a nossa, jamais existirá!

- O Diário de Um Monitor [Parte 3] (Pedro Ivo)


Cheguei de manhã com a agradável tarefa de carregar (junto com Elaine, trabalhou junto comigo, pois era da parte de espaço físico da secretaria) toda a tralha de computação pra a sala do Anfiteatro I, onde eu trabalhei operando as apresentações.Já começamos com a sorte do nosso computador estar com problema e ter que ser trocado. De manhã não houve problema algum. Operei quatro apresentações, como estava previsto. Começou com algum atraso, mas nada de outro mundo, e terminou na hora. Esperei pra almoçar com Nikos, pois nossos parceiros de trabalho (Elaine e Victor Hugo, parceiro de Nikos) almoçaram primeiro. Almoçamos com a verba "astronômica" de 5 reais que nos foi dada (melhor que o pessoal da recepção, que teve que pagar do próprio bolso o almoço...), e voltamos pra nosso trabalho 1 da tarde. O único porém é que as palestras exigiram som, e só havia caixas de som lá no Lejor, então lá fomos nós pro outro lado da UFS pegar as benditas caixas de som no Lejor. Quando fui operar a segunda parte das palestras tive uma "agradável" surpresa: o pessoal que iria se apresentar no anfiteatro II (que ficava na frente do Anfiteatro I e onde Nikos estava operando) resolveu se mudar pra a minha sala. Resultado: lá fui eu operar oito palestras. Não seria nada demais, se não tivesse havido tantos problemas pra eu resolver. Primeiramente a questão do tempo de cada palestrante, depois que um português que estava com problemas pra apresentar seu trabalho conseguiu arrancar minha paciência quase toda. Ele queria que eu fizesse mágica e rodasse um programa lá dele que não funcionava no computador da UFS. Ainda bem que Janaína levou ele pra falar com professora Messiluce e conseguiu resolver. Mas que me arrancou a paciência, arrancou... Nikos teve mais sorte, como ficou sem palestras para operar, teve que rodar pela universidade resolvendo outros problemas do datashow e acabou parando no Pólo de Novas Tecnologias, onde assistiu às melhores palestras daquele dia (ô inveja que eu fiquei... ¬¬).

Fomos avisados que quando terminássemos o trabalho do dia era pra todos irmos pra o hall da reitoria, pra assistir as apresentações culturais que seriam expostas. No único momento do congresso todo onde todos de todas comissões ficaram juntos, a folia rolou solta. A gente ficou cantando uma ruma de músicas, bateu muitas fotos e tirou onda que só. Quando as apresentações culturais começaram, a princípio teve um quinteto sanfônico, onde pra variar a monitoria animou o pessoal novamente. Logo depois, teve um (belíssimo!!) barco de fogo correndo o lado de fora do hall. Depois disso teve uma guerrade espadas que deixou todo mundo fascinado. E o mais legal é que um palestrante pediu pra usar uma das espadas. E deu show!Depois disso rolou mais um forrozinho pé-de-serra (e adivinha quem animou tudo novamente?!). Aí avisaram pra os monitores que era pra todos irem pra o Maria Bonita, lá na orla, pois os palestrantes iriam pra lá. O que aconteceu foi que quando a gente chegou lá não tinha UM palestrante sequer! Figuradamente aquilo que ocorreu no Maria Bonita acabou sendo a festa da monitoria que - na teoria - não ocorreu. E bota festa nisso! Depois disso ainda tivemos a idéia de ir nos laguinhos passar um pouco do tempo. O problema é que caiu um dilúvio por lá e todos ficamos ensopados. Na hora pensei "pronto! Agora eu quero ver como é que eu vou secar essa porra dessa camisa a tempo!". Cheguei em casa quase ás 3 da manhã, dei um jeito de lavar a camisa pra não ficar fedendo e coloquei atrás da geladeira pra ver se secava. Não engoli nada e caí duro na cama.

- O Diário de Um Monitor [Parte 2] (Pedro Ivo)


Tínhamos sido avisados desde segunda por Getúlio que na quarta seria necessário quanto mais gente fosse possível pra fazer as arrumações finais (nisso compreendia-se organizar as últimas pastas, amarrar os últimos crachás e outros trabalhos braçais simples, porém extenuantes). Houve um momento em que o pessoal teve um probleminha pra arrumar os mapas que seriam colocados nas pastas, onde eu consegui dar uma jeito. Nesse dia também vi a correria que o pessoal da recepção estava (Harry e Rafinha que o digam, né?!), pra organizar os ônibus, os respectivos horários e quem ia neles (não só os passageiros, como o monitor que mostraria os caminhos da cidade pra eles). Conheci Vivi e Débora nesse dia, que também me ajudaram na arrumação do que faltava. Me recordo que saí da universidade umas 7:30 da noite, sendo que mesmo com tudo que a gente tinha arrumado ainda tinha MUITA coisa faltando pra quinta, o primeiro dia do congresso.

Quando cheguei em casa, meu pai falou "mudamos os planos, você vai pra a Caueira com a gente e volta amanhã de manhã pra o congresso. Dá tempo?".

Dar tempo dava, tranquilamente. Mas eu pensei "pronto, fudeu. Vou correr mais do que já tô correndo". Pegamos a bendita estrada pra a Caueira e quando chegamos na casa de praia era umas 9:30 da noite. Sei que dormi 1 da manhã e acordei 8, engoli alguma coisa de café da manhã e outra coisa de almoço e peguei a estrada - e a balsa - pra Aracaju umas 11 da manhã. Cheguei esbaforido na UFS uma da tarde. Eu, Nikos, Elaine, Dani (de Radialismo), Kel, e Mari ainda carregamos uma van com as pastas e depois eu e Nikos levamos um carregamento de livros pra o hall da reitoria. Quando tudo estava "acabado" na UFS, fomos no meu carro eu, Getúlio e Nikos pra o CIC. Lá a gente passou das 3 até quase 6 da tarde sem fazer quase nada (exceto ir no Extra comprar comida pra o povo, ajudar as meninas da secretaria e jogar um pouco de conversa fora). Quando o pessoal começou a chegar, cada um ficou com seus respectivos papéis, mas o espírito de equipe aparecia toda hora, quando gente de comissões diferentes se ajudava (Como quando eu fui arrumar o projetor do auditório e fui ajudado por Brucce e Daniel Lolo, que eram da parte de recepção).

Após arrumarmos tudo e após todos terem chegado, finalmente houve a entrega dos prêmios e a tão esperada palestra de Maxwell Mccombs (por sinal, foi excelente). O que ninguém da monitoria esperava era que quando tocasse o trio pé-de-serra quem ia ter que animar os palestrantes e chamá-los para dançar éramos nós! Mesmo assim a gente superou esse problema. E como superou! Teve forró pé-de-serra? Teve sim senhor. Teve quadrilha improvisada? Teve sim senhor. E foi engraçado ver Harry (e sua inseparável garrafinha plástica q o acompanhou por todo o congresso), Brucce, Daniel Lolo, Daniel Carlos, entre outros, dando uma de dançarinos de forró. Depois desse dia cheguei em casa, engoli mais alguma coisa e dormi. Acordei 6 e alguma coisa da manhã pra a sexta: esse dia sim ia ser lasca...

- O Diário de Um Monitor [Parte 1] (Pedro Ivo)


Como todo mundo da sala deve estar sabendo, há pouco menos de um mês ocorreu o congresso da SBPJor, onde grande parte da nossa sala participou. A princípio pareceu - e de fato foi - um congresso muito cansativo, mesmo pra quem estava trabalhando de monitor. Todavia, nosso trabalho (digo "nosso" pois a monitoria toda era uma grande equipe, mesmo tendo setores pré-definidos de trabalho) foi elogiadíssimo pelos palestrantes e congressistas em geral, sendo que nós fomos apalaudidos no final do congresso. Vale a pena lembrar que foi um congresso de nível (inter)nacional, que durou três dias, sendo um no CIC e os outros dois na UFS.
Nesse texto eu tô colocando minhas experiências como monitor da secretaria, na parte de datashow, onde eu vou colocar até alguns dos antecedentes de toda essa odisséia que a gente passou no SBPJor.
Na verdade toda história começou com um aviso bem discreto de Rodolfo e Rafinha pra mim de que haveria um congresso da SBPJor, e que seria uma boa a gente participar, até mesmo por ser legal pra nossa formação profissional. Pensei "é, vamo nessa. Não tenho nada a perder mesmo...". Àquele tempo a gente estava terminando o primeiro período, e não tínhamos quase nenhuma informação sobre o congresso, nem muito menos noção da dimensão que o mesmo viria a ter. Passaram-se bem que umas duas semanas sem nenhuma informação a mais sobre esse congresso. Até que faltando umas duas semanas pra o congresso começamos a nos dividir em nossas funções de fato, com reuniões especificas pra cada comissão.A primeira reunião de secretaria, que dividiria o pessoal em três frentes (secretaria, espaço físico e datashow) foi cômica. Eu, Ricardo e Nikos a princípio queríamos ficar na parte de secretaria mesmo. Porém, faltava gente pra operar o datashow, e pra mexer com o datashow precisava de algum conhecimento (mínimo, diga-se de passagem) de computação. Aí o povo começou a pedir pra que eu fosse pra o datashow. Finalmente, vencido pelo cansaço, fui pra o bendito datashow, mas pelo menos Ricardo e Nikos também foram.
Ao mesmo tempo que ocorriam as reuniões e as decisões, um problema acontecia na minha casa. O pessoal tinha marcado uma viagem pra a Caueira, e não aceitavam que eu ficasse em casa sozinho, pois havia ocorrido dois assaltos recentemente na rua, e estavam receosos de me deixar sozinho em casa. Logo, ficou acertado que meu primo dormiria em casa na quarta, quinta e sexta, pra eu não ficar sozinho.
Na semana do congresso a correria se intensificou de verdade. Na segunda-feira, depois do dia de aula, passei a tarde quase toda na universidade ajudando o pessoal de secretaria a arrumar as pastas e crachás. Foi uma trabalheira danada, mas pelo menos pra a segunda o trabalho já estava um pouco adiantado, com uma ajudinha de Nikos, Thiciane, Elaine, Lígia e Ligier, diga-se de passagem.Na terça eu ainda ajudei com algo, mas nada comparado à correria que foi na quarta...

domingo, 9 de dezembro de 2007

- E lá se foi o mito de Jovaldo... (Pedro Ivo)

Desde que nosso curso começou, em idos de março, que logo nos primeiros dias do mesmo boa parte das pessoas da sala já tinha conhecimento de uma pessoa que em pouco tempo ganharia um status diferenciado na sala: Jovaldo Rodrigues de Oliveira Júnior. "Jovas" para alguns amigos, e apelidado não-oficiamente por mim de "Machine Gun Man".Esse apelido ("homem-metralhadora" em inglês) por si só já diz muita coisa sobre este homem. Ele foi se tornando uma figura lendária no decorrer do curso. Sempre adotando o lema do "pegar sem se apegar", foi visto no decorrer do ano com inúmeras (e bota inúmeras nisso!) meninas diferentes. Fosse no São Pedro em Capela, fosse no Forró Caju, fosse na Derrota Fantasy, fosse no bar de Tia Vera (que Deus a tenha), em algum canto obscuro da UFS, no carnaval de Olinda ou até (e principalmente!) no e-motrixx, sempre havia uma menina com ele, e quase nunca estavam apenas conversando. Nunca tinha figurinha repetida e ele nunca pagou pra fazer isso!Mas... de mais ou menos um mês pra cá, ele surgiu com uma notícia que chocou a todos do curso, por se tratar de algo que aconteceu da noite pro dia. Sem mais nem menos Jovaldo estava namorando! A princípio muitos pensaram se tratar de mais uma de suas corriqueiras brincadeiras. Mas, dessa vez não era... Muitas perguntas brotavam na cabeça de todos: Como isso foi acontecer? Quando? Quem conseguiu a façanha de conter o coração andarilho de Jovaldo?Não se sabe ao certo quando nem em que circunstâncias isso aconteceu. Mas sabe-se que a pessoa que realizou essa façanha se chama Daniela Garcia, e estuda no 9º período de Medicina, é conhecida no círculo de amizades de Jovaldo como "A Ruiva" e, ao que tudo indica, conhece ele há um bom tempo, o que aparentemente ajudou-a nessa missão.Isso mostra como o curso de Jornalismo 2007/1 da UFS é movimentado. Mal fecharam-se as portas do primeiro período e já presenciamos o surgimento de um mito, e sua posterior "humanização". O que será que há mais por vir?

sábado, 8 de dezembro de 2007

- Matéria-prima no lixo (Daniel)

Essa é minha última postagem no blog, pelo menos por um período. Amanhã já será outra pessoa que vai começar a postar.
Para encerrar, quero deixar aqui um texto de minha autoria, que eu fiz, e que eu escrevi.

Dinheiro na Lata do Lixo

O brasileiro é um povo acostumado a pagar impostos. Água, energia, esgoto, lixo, automóvel, taxa de banco, importação... Até em produtos comprados há impostos imbutidos no preço pago. Tendo atenção em alguns impostos, é possível notar que alguns são desnecessários. Tomando o caso do lixo como exemplo: O cidadão paga para que venha um caminhão coletar o lixo na porta de sua casa e da uma destinação que seja pelo menos bem distante de sua residência.
Porém existe alguns catadores de materiais recicláveis que vão no lixo alheio e pegam o conteúdo que lhe é de interesse. Oras, se alguém cata de graça, por que pagar? É bem melhor que alguém faça isso de maneira gratuita, sendo o único trabalho do gerador do lixo separa-lo por classes. Assim, cada tipo de entulho seria destinado a determinados grupos de interessados.
E por que será que eles catam gratuitamente? Sim, existe uma resposta lógica para isso. O que se encontra nos latões de lixo são verdadeiras matérias-primas para as indústrias de reciclagem. Ou seja, além de não pagar, existe a possibilidade muquirana de vender o lixo. Seria então racional pagar para que tirem algo de valor da porta da casa de uma pessoa?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

- Causo na UFS (Daniel)

Quinta-feira, quatro alunos se dispunham em uma das mesas do RESUN. De um lado, Harry (sentado ao lado do acesso ao corredor) e eu, ambos de costas para a entrada do restaurante. Do outro lado, Jovas (em frente a Harry) e Nikos (em frente a mim). Almoçávamos quando uma menina chegou atrás de Harry e nos fez uma pergunta, apontando pro enorme vão que havia no restante da mesa:

- ¨%¨%%¨¨$%%%%$% onsnd &*&*Sdjsdjbds???? (o entendimento virá depois)

Respondemos todos:

-Não!

Ela agradeceu e foi embora. Depois de algum minutos, Harry perguntou a mim:

-O que foi que ela perguntou?
-Se a gente tinha visto um celular ali.
-Eu entendi "vocês deixam eu passar pra ali?"
-kkkkkkkkkkk, e nossa resposta foi ignorante pra caramba!
Nikos entrou na conversa:
- E eu entendi "tem gente sentada ali?"
obviamente depois de três versões, Jovas teria uma quarta:
- Eu ouvi " Vocês estão vendo gente ali?"

E saímos do restaurante sem saber se ela queria sentar na mesa, se nos achou ignorante, se perdeu um celular ou se ela via pessoas mortas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

- Pensando no trote (Daniel)

Hoje acabou o vestibular 2008 da UFS. E com ele nosso recesso de 3 dias de morgação e vida mansa. Em março (provavelmente) entrarão 50 calouros para nós fazermos deles o que bem entendermos (não exatamente, mas vale a expressão)
Confesso que sonhei inclusive com as possibilidades de trote. Algo que fuja do tradicional, algo que seja marcante. E que seja algo que nós não tivemos: Um trote que funcionasse como integração entre os colegas (embora confesse que nossa turma nem precisou disso). E obviamente não vou lançar minhas idéias aqui, vai que um calouro entra aqui no blog e lê....
Amanhã retornaremos às aulas. E fica também o convite para que participemos da reunião do DACS, nosso departamento querido. O departamento é muito importante principalmente quando estivermos em períodos avançados. Hoje a gente consegue pegar turmas certinhas, todo mundo junto...

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

- Praia, Sol e Areia na Sunga (Daniel)

Hoje foi dia de praia... pena que poucas pessoas compareceram. Parece que o dia em que a turma vai sair realmente em peso vai demorar a aparecer.
Vamos ver se conseguimos reunir a turma em ocasiões extra-classe, pois dentro da UFS é normal que não andemos em comboio, mas acho que fora da UFS dá até pra rolar
Peguemos o exemplo do SBPJor. Houve muita aproximação entre pessoas que pouco se falavam. é óbvio que existem as antipatias, mas acho que não foi por causa disso que o número de pessoas hoje foi pequeno.
Vamos passar a entrar nesse blog também... é horrível escrever sem leitor!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

- Cantinho da Arte (Daniel)

Quero aproveitar o espaço e começar uma sessão aqui no blog
vou colocar meu último poema (tentei fazer metrificado em redondilha menor, não sei se deu certo)

Dança das Espadas

Chega ao fim a guerra
As espadas cessam
Aos sobreviventes
Dar-se toda a glória
Quem perde parente
Só misericórdia

Quem foi vencedor?
Há só sangue e dor
Descansam os dois
Após a batalha
É o que há depois
Do baile de espada

Fica na lembrança
Sanguinária dança!
Lâmina na carne
Tilintar do aço
O som da trombeta
E andar de cavalos

Quem é inimigo
Do outro quer grito
Nessa louca luta
Não vive a razão
É uma disputa
Sem pontuação

Por todos os dias
Não mexa a bainha
Que ninguém esteja
Desejando o mal
Mas que se proteja
De um golpe fatal

Ataque com fé
Não o deixe em pé
Usando o cuidado
E também com sorte
Deixará o coitado
Ao leito de morte

domingo, 2 de dezembro de 2007

- Enquete sobre... Enquete (Daniel)

Mídia on-line. Foi surgindo timidamente em um universo onde se duvidava que a Internet poderia ser uma ferramenta de divulgação de notícia, e hoje tem seu espaço conquistado sem ameaçar os outros meios de comunicação.
Uma forte característica da Internet é o poder de interação do usuário com o seu objeto de pesquisa. A ferramenta da enquete funciona como um medidor de opinião do leitor, tornando-o um escritor coadjuvante da notícia.
Mas há quem seja contra a enquete, por limitar as opções de escolha e também por não permitir a explicação da alternativa marcada. Porém algumas enquetes já permitem explicar a alternativa marcada, como as do site de relacionamento Orkut (www.orkut.com). Quanto a limitação das opções, resta confiar na criatividade da pessoa responsável pela enquete para imaginar que respostas podem ser possíveis.
Por que não, então, surgir o "jornalista enqueteiro"?

- Estréia (Rafael)

Tentando desenterrar uma velha idéia aqui da comunidade, criei esse blog para a nossa turma.

A proposta é que uma pessoa fique responsável pelas postagens a cada 7 dias, sendo que essa pessoa vai ter liberdade total pra postar o que quiser durante esse tempo: conto, texto, crônica, foto, vídeos etc - tentando dar preferência ao que for de autoria própria.

Quem se responsabilizou pelas primeiras postagens do blog foi Daniel!

Que seja aberta a sessão do descarrego.