sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

- Recorro à melcolia. (Diógenes)

Eu. Que um dia eu possa ser teu.

Eu

Que um dia eu possa ser teu
E te chamar de meu amor
Possa eu te ter
Em meu ser
Imortal
E te afogar em meus beijos
E descobrir o que há além do teu mudo olhar
E que os teus olhos
Quando buscarem os meus
Te declamem os versos que te escrevi
Que eu possa me envolver em teus braços
E sentir-me guardado
Que eu possa provar do teu sexo
E que quando eu provar
Sinta o mais puro e único aroma
Que eu
Por ser teu
Seja invejado, cobiçado…
Que eu seja tu, e um dia
Tu sejas eu.

Você. Sobre mim.

Você não se lembra
Mas eu sim
De quando mentiras eram verdade
E eu assim fazia porque queria

Que você ficasse comigo
Eu descobri que só você me dá as escolhas
De que eu preciso para viver
Eu sempre acreditei em você
Vou fazer de tudo para te ter
Relutei muito em admitir, e resisti
Mas me dei conta de que você está acima
Pensei, mas não quis fugir
Não queria perder o controle
Que você tem sobre mim
Veja, eu já estou domesticado
Esperando teu toque em minhas mãos
Para sentir bater o meu coração
Quando olho no espelho eu só vejo você
Isto não é o bastante
Eu te quero comigo, para sempre
Jure que não vai me abandonar
Eu não vou deixar
Você já tem tudo o que precisa de mim
Eu não me importo em ser pequeno
Deixe eu me entregar totalmente
Para que você seja grande
E, esteja sempre acima.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

- Suas Idéias não correspondem aos fatos. (Diógenes)


P.S.: Hoje minha criatividade limitou-se a pedir ao meu amigo Michel que me emprestasse este texto. Foi uma contribuição para o blog que possuímos (ou possuíamos) com nossa turma de amigos. Não contive minha emoção em saber que alguns dos artistas que mais gosto virão o Brasil este ano e eu, por impossibilidades óbvias, não os verei. Foi muito difícil escrever algo depois dessa decepção.

Imagine-se num belo dia de verão. O sol está lindo, não há nuvens no céu e faz um calor terrível. Você não tem para onde correr, pois correndo seu calor vai piorar. Então de repente, não mais do que de repente você tem uma idéia que parece salvar seu dia.

- Uma coca-cola bem gelada, por favor! Exclama.

Nesse momento de sede e agonia, só a coca-cola pode salvá-lo. Você levanta o anel da latinha, o vermelho da embalagem mexe com seu sangue e depois vem o “tsiiii”. Nunca houve som tão agradável aos seus ouvidos. Vem, então, o seu primeiro gole, que parece até aquele seu primeiro beijo de tanta emoção.

O líquido gelado desce por sua garganta e é aí então que toda a poesia morre. Para o seu desprazer não é coca-cola que tem na lata, e sim fanta! Você vê sua emoção padecer e reclama com o garçom, mas ele não pode fazer nada…

É assim com esse clima de frustração, que muitas vezes nos deparamos com pessoas que nos dão uma imagem completamente oposta ao conteúdo. Não estou falando de pequenas frustrações, tipo aquelas de amigos que não correspondem às nossas expectativas, e sim de algo bem mais profundo, de uma falsidade ideológica, de uma profunda distorção de caráter.

Criamos uma imagem nas nossas cabeças sobre as pessoas e passamos a cobrar que elas hajam segundo o roteiro que traçamos. Aí a culpa é, sem dúvida, nossa. Mas há outras que criam uma imagem própria como algo verídico, no entanto há sempre um mais atirado que adverte:

-“Essa coca é fanta!”

Às vezes a personagem está tão bem formulada e articulada que a inverdade é atribuída a quem nos advertiu. Há almas mais sensíveis no mundo do que a gente é capaz de perceber, e são estas que nos salvam.

Por isso devemos ter cuidado com discursos baratos, forçados, sugado de outros. Esteja sempre atento àquilo que te rodeia. Não é porque uma pessoa está com os cabelos molhados que significa que ela tomou banho. Para saber se eles foram lavados é necessário sentir o cheiro do xampu e, ainda assim, há muito mais meios de fazê-lo cheirar sem tê-lo necessariamente lavado. Mas aí, paciência!

Repito: sempre desconfie antes de confiar! É mais seguro, prático e econômico. Assim, você evita alguns machucados desnecessários ao coração. Isso significa que devemos desacreditar de todos? Absolutamente. O que digo é que só desconfiando que você poderá enxergar determinada pessoa como credível, lembrando sempre que alguns deslizes acontecem, com todo mundo. Afinal, ainda somos ecologicamente incorretos.

Honoré de Balzac disse que meio-termo jamais: ou se tem total confiança ou nenhuma. Ele referia-se aos criados, mas nada nos impede de aplicar esse método em indivíduos do nosso meio.

Devemos sempre nos questionar se as idéias que possuímos correspodem ao cotidiano das nossas vidas, se correspondem aos fatos. Pois só desta maneira teremos a consciência tranqüila quando alguém gritar:

-Essa coca é fanta!

Por Michel Oliveira (mytchels@hotmail.com)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

- Uma menina que se chamava Mariana. (Diógenes)

Nunca os meus braços foram tão firmes. E, pela primeira vez, eu enxerguei brilho nos olhos de Mariana. Ali, todos emudeceram. E Mariana sentia vontade de gritar, para se mostrar viva a todos os inertes que nos rodeavam. Isto estava estampado no seu rosto. Estonteante era a admiração por aquele momento; novos aromas, novas cores, novos cheiros, sensações nunca tidas. Felicidade, acima de tudo.

Mariana era uma jovem como qualquer outra, mas isto ninguém tinha coragem de lhe dizer. Jogaram-na numa cama. Relegaram-na a dó, a compaixão e a morbidez. Tratavam-na como uma coisa imperfeita, diante de todos que andavam, falavam, sorriam... Mariana fazia tudo isso, mas ninguém notava. Mariana sorria, e todos a calavam. Mariana só ouvia “não”, “não pode”, “não dá”...e murchou.

E o mundo era monocolorido, até aquele dia. Mariana não sabia o que eram as árvores, o ar batendo na cara...e eu lhe devia tudo isto. Repousei-a na beira do lago, uma vista que lhe encheu os olhos de lágrimas. Ela titubeou e, antes que caísse, segurei-a com minhas mãos. Ninguém entendia o que fazíamos ali, e olhavam com espanto.

Se pudesse nunca sairia dali. Naquele momento Mariana soube o que é a vida: simples como ela, mas irrestrita como não queriam que ela fosse. E sem dizer uma única palavra, eu entendi que seu maior desejo era ficar ali, e não mais voltar à sua cama, à vida indigna que lhe impuseram por ser diferente...

Ela lembrou de que lhe havia falado de um lugar onde nos sentiríamos no deserto. Olhou-me. Sorriu. E chorou. Sua gratidão me confortou. Partimos em silêncio.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

- Perguntas que ninguém me responde. (Diógenes)

Algumas coisas passam despercebidas e inquestionadas por nossas vidas. Dificilmente temos respostas para tudo - talvez esse pensamento surgiu da minha falta de ter o que fazer ou de algo mais criativo para postar aqui - , ou nem nos damos ao trabalho de questionar algo. Estão aí coisas que me instigam e a outras pessoas também (há exemplos de outros blogs, enxertados com o meu ponto de vista), tenho certeza!

01. Por que, nas novelas, os personagens principais sempre fazem os caminhos mais complicados até que seu destino se cumpra e, mesmo sabendo como vai ser o final, a gente ainda as assiste?

02. Por que as pessoas insistem em fazer compras em épocas festivas sempre no último dia e reclamam que o shopping fica lotado?

03. Por que, quando alguém nos faz um favor, retribuímos dizendo “obrigado”? O agradecimento não deveria ser espontâneo?

04. Se toda regra tem uma exceção, qual é a exceção para essa regra?

05. Por que as pessoas correm na chuva se dessa forma elas acabam se molhando mais?

06. Qual é o sinônimo da palavra sinônimo?

07. Por que quando encontramos alguém perguntamos “tudo bem?” se já sabemos que a resposta é sempre a mesma, ou nuca estamos preparados para uma resposta contrária?

08. Por que todo mundo que é frio é também calculista?

09. Se o Pluto e o Pateta são cachorros, por que só um deles anda de pé e fala?

10. Por que algumas pessoas se abaixam dentro do carro quando passam pela porta da garagem?

11. Por que o Ronaldinho Gaúcho, com tanto dinheiro, não faz um tratamento dentário?

12. Por que as pessoas gritam no telefone quando estão ligando para longe, ou mexem-no ao ouvdo achando que isto vai melhorar o sinal?

13. Por que, quado acordamos alguém, sempre perguntamos se essa pessoa estava dormindo?

14. Se a laranja se chama laranja, por que o limão não se chama verde?

15. Por que as pessoas usam bermuda e blusa de manga comprida ao mesmo tempo?

16. Por que abaixamos o volume do rádio no carro quando procuramos um endereço pelo número?

17. Se Deus está em todos os lugares, por que olhamos para o céu quando queremos falar com ele?

18. Se o gato sempre cai de pé e o pão com o lado da manteiga para baixo, o que acontece se amarrarmos uma torrada nas costas de um gato?

19. Por que a gente se espanta quando descobre que nossos pais fazem sexo?

20. Quem disse que a carne de Chester é de Chester se ninguém nunca viu um? Eu, pelo menos, nunca vi.

21. Por que sempre assinalamos “Li e aceito os termos…” quando instalamos um programa de computador, se na verdade não o lemos?

22. Por que as pessoas cismam em comprar produtos tecnológicos recém-lançados, com preço astronômico, mesmo sabendo que eles vão ficar mais baratos logo, logo?

23. Como são os nomes de Chaves e Chapolin?

24.Por que, quando estamos conversando e a pessoa diz que não entendeu, a gente repete tudo falando alto? Afinal de contas, a pessoa só diz ficou sem entender e não sem escutar.

25.Por que as pessoas não deixam comentários em blog’s de anônimos?

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

- BBB 8 (Diógenes)

Amanhã tem início mais um Big Brother Brasil. O oitavo. Mais uma vez todo o país vai parar e debater, em diversas esferas “quem irá para o paredão?” e “quem será eliminado?”. Cansaremos de tanto ouvir esses termos, porém muitos já estão na expectativa para tal.

Veremos de perto e em horário nobre a superficialidade humana em situações que talvez nos sirva até de espelho: a ignorância, a ambição desmedida, a vivência de uma falsa realidade e o poder manipulador de uma empresa de comunicação. Poucas vezes acompanhei uma edição do BBB completa (só duas para ser mais exato), mas pelo que vejo e ouço é sempre a mesma coisa. O público brasileiro não escolhe o melhor jogador, como deveria ser, mas o que tem a história mais triste e precisa se tornar um emergente.

O pior de tudo é que os participantes não se contentam só com a possibilidade de ganhar o prêmio principal, e mesmo que o percam, poucos saem de mãos vazias, os mais dotados de beleza principalmente. Durante o tal confinamento estes fazem por onde ser enxergados pelos editores das revistas famosas de nu, que servirão de plano B. Os vídeos exibidos são dotados de closes uro-ginecológicos com o espontâneo consentimento dos exibidos. “Olhem bem, carne de primeira! Se me pagarem bem, mostro tudo!”. E o pior que pagam muito por pouco.

Outro aspecto a ser levantado é o da quantidade de dinheiro faturado pelos diversos produtos que levam o nome do “grande irmão”: diversas enquetes, pay-per-views e votações (principalmente), despejam milhões nas contas das principais envolvidas em todo o processo. O que com certeza justifica a insistência de levar ao ar todos os anos tal atração. Dinheiro pago por quem? Pergunte ao Homer Simpson.

Esperemos, então, para ver o que renderá essa nova edição além das celebridades instantâneas que povoarão por tempos as revistas de fofocas e as novelas da Rede Globo. Quem estará nas capas das playboy’s, sexy’s e G’s do Brasil, e quem entrará para o hall dos milionários...

P.S.: alguém pode me dizer omo eu ponho vídeos do You Tube aqui? Thanks!

domingo, 6 de janeiro de 2008

- Olá pessoas! (Diógenes)

O escolhido desta semana para preencher este blog com algo interessante será este que vos escreve. Não sei se conseguirei realizar tal proeza com qualidade, entreguei-me à vida de blogueiro juntamente com a vida de universitário, portanto, para mim trata-se de algo novo.

Como não tinha a menor idéia do que postar, resolvi escrever este texto de introdução ontem, dia 5, para ter mais tempo para pensar. Enfim, não sei se vocês vão gostar dos meus escritos, não esperem muito, nem pensem: “Nossa, como ele escreve bem!” até porque este não é o meu caso.

Como a maioria dos jovens do mundo, meu hobby preferido é acessar a web. E eu fuço, fuço até encontrar coisas legais e que acrescentem algo a minha intelectualidade (até tento mesmo). Entre bolg’s e sites eu vou ficando horas e horas sentado à frente do computador, varando madrugadas. Acho importante listar algumas coisas que encontrei. (Não sei se essa coisa de dar dicas já está enchendo o saco de vocês, mas eu não poderia deixar de dar as minhas).

Blog’s: Essa coisa de blog e web 2.0 já é mais do que moda e demonstra claramente que veio para ficar (não vou definir o que é a web 2.0 porque suponho que todos já conheçam). O portal
G1 tem uma série de blog’s – até Paulo Coelho tem um – e dentre eles destacam-se o de Zeca Camargo que faz uma abordagem crítica acerca de cultura pop; o de Luciano Trigo que é crítico de arte e o de Bruno Medina músico do Los Hermanos (que é o melhor blog na minha modesta e pouco influenciável opinião). Há o de Willian WaacK que dispensa apresentações; o do professor Sérgio Nogueira com dicas de português ( aquelas coisinhas chatas que a gente sempre esquece de vez em quando) e o de Silvio Meira sobre tecnologia. Há também o do professor Chaparro, que vocês já conhecem.

Sites: O
Overmundo é muito bom. O conteúdo é produzido por internautas que têm que possuir perfil cadastrado, tipo o orkut, e colocam seus textos para votação. Os que atingem 70 pontos são publicados, os que recebem menos votos ficam arquivados (a professora Kadydja tem um perfil lá que eu vi). Há a possibilidade de, antes de mandar o texto para votação, colocar o trabalho na fila de edição, onde os demais internautas podem sugerir melhorias. Eu escrevi uma coisinha lá e recebi 39 pontos.

Não posso esquecer dos que são voltados para a nossa categoria. Há o Comunique-se, o
Repórter Sem Fronteiras e o Olhares.com. Não vou falar do que eles tratam para que lhes instiguem a curiosidade.

Até queria escrever mais, só que eu prometi fazer uma torta de chocolate para minha prima que vem passar o final de semana aqui em casa. Espero que vocês acessem (se for o caso) e que minha contribuição esta semana sirva para alguma coisa. Axé para todos !

Por Diógenes de Souza (diogenesaju@gmail.com)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

- O Mundo de Mins (Filipe)

Pessoalmente, meu (nos dois sentidos) texto preferido, ou seja, não é inédito.



E se existisse uma fábrica de Mins? E se tudo começasse a partir de uma fábrica de Mins? Uma fábrica que fizesse vários de mim, uma fábrica de Mins. Se no mundo só existisse Mins, ninguém mais, apenas Mins. Eu e meus Mins. Os Mins que seriam eu, e cada Mim iria se referir ao mundo como “eu e meus Mins”. E eu poderia ser um Mim e não saber. Mas eu seria um Mim, todos os meus Mins seriam iguais a mim. Mas se eles fossem iguais a mim, eles seriam eu. Eles são eu, mas se eu os vejo sem espelho, eles não são eu. Uma fábrica de Mins geraria um paradoxo. Se fosse em De Volta para o Futuro, o mundo acabaria. Junto com eu e meus Mins. Mas se só existisse eu e meus Mins, não existiria Zemeckis, Lloyd, Fox e cia, não existiria De Volta para o Futuro. O que existiria? Como o mundo seria?

Com um pouco de sorte eu iria descobrir o fogo, inventar a roda e aprender a plantar árvores (ou um de meus Mins o faria). Assim o mundo estaria salvo. Talvez eu e meus Mins criássemos castelos, inventássemos o teatro, fizéssemos poemas e andássemos pelados na rua gritando Eureka. Um salto no tempo e alguns Mins teriam que aprender matemática, física, química e biologia. Após um crescente número de suicídios, teria que passar de alguns para vários Mins. Outros trabalhariam com qualquer outra coisa, felizes. Outros assistiriam filme e escutariam música o todo. Sim, até aí teria nascido o Mim Scorcese, Mim Kubrick, Mim Lennon, Mim Jagger...

O mundo talvez não fosse tão poluído. Está bem, um copinho jogado aqui e acolá. E palitos de picolé. Aliás, só existiriam picolés de castanha. Assim como o sorvete, só de castanha. E o granulado para sorvete, só do colorido. Talvez as pessoas não brigassem tanto. Não de se bater, mas gritaria umas com as outras. Muito.

Ah, é claro. Teriam que nascer algumas Mimas (Mins em versão feminina). Essas seriam sempre bonitas e dariam bola aos Mins. Não teria cabelo no sovaco e nem nas pernas. Seriam todas loiras, cabelo ligeiramente ondulados e de olhos azuis.

Existiriam os Mins anões. Em qualquer mundo imaginário, devem existir anões. Esses não passariam de 1,40m (como todo anão) e seriam furacões na cama. Para também ter chance com as Mimas. Não iriam existir Mimas anãs.

Os dinossauros também não seriam extintos. Vivendo conosco até hoje. Todos domesticados pelos bravos Mins (que me fazem lembrar eu).

O único campeonato de futebol que seria disputado seria o inglês, que teria a adição do Flamengo. E os jogos passariam todo dia. Nos intervalos dos jogos, passaria um episódio de Os Simpsons. Programas eróticos são coisa de boiola, os Mins são machos. Só haveria programa pornô. E esses passariam em horário nobre. Não existiria o Discovery Kids. Teletubbies e Barney seriam os apóstolos do capeta e isso seria ensinado para todas as crianças.

Os papagaios saberiam cantarolar todas as sinfonias de Beethoven. E eles seriam considerados dinossauros, afinal, só existiam dinossauros.

Os únicos sucos que existiram seriam o de laranja e o Tang Uva. Não existiria açúcar, só adoçante. Refrigerante apenas Coca-Cola, Sukita e Soda Limonada. E só existiria água sem gás.

Os Mins nunca fariam uma revolução e estariam satisfeitos com seu governo de direita. Horário político pra eles é perda de tempo, e durante as campanhas eleitorais eles dariam lugar a mais episódios de Os Simpsons. Aliás, as reprises não iriam existir.

O mundo de Mins iria acabar com uma era glacial. Apenas os pernilongos (dinossauros) iriam sobreviver.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

- Tops 10 do ano (Filipe)

Antes de tudo, eu prometo pelo menos um texto bom até o final da semana. Juro!

Agora, Tops 10 sobre música e cinema de 2007 (um top pessoalmente meu), de coisas que eu vi/escutei esse ano (mas não necessariamente lançados [as] esse ano), com breves comentários para a alegria da moçada.


Top 10 – Bandas/Cantores

1- The Police – antes que perguntem: não, não é porque eles vieram para o Brasil (até porque o show não foi lá isso tudo), mas sim porque eles são fodas. E para reforçar, eu escuto eles desde antes do show (não há muito tempo, é verdade, mas desde antes de anunciarem o show). 6 álbuns (contando o primeiro, quando o nome ainda era Strontium 90) apenas, mas todos igualmente excelentes. Para quem quiser começar, recomendo o CD Outlandos D’Amour, o segundo álbum e o que tem mais hits. Melhor música: De Do Do Do, De Da Da Da

2- U2 – ame ou odeie. A maior parte do povo ama. O Bono pode ser um chato utópico, mas como cantor é um dos melhores. Fora os inúmeros hits (lançaram um cd com 16 hits e ainda ficaram vários de fora), o lado b também é uma maravilha (e quem se aventura por lá acha muita coisa boa). Sem contar os covers. Para quem quiser começar, recomendo o CD Joshua Tree, o álbum mais famoso da banda (e um dos mais famosos da história do rock). Melhor música: One

10- Oasis – ame ou odeie. A maior parte do povo ama. O Noel pode ser um chato metido, mas como músico é um dos melhores. Fora os inúmeros hits, o lado b também é uma maravilha. Sem contar os covers. Para quem quiser começar, recomendo o CD (What’s the Story?) Morning Glory, o segundo álbum, eleito por muitos críticos um dos melhores segundos álbuns de todos os tempos. Melhor música: (What’s the Story?) Morning Glory.

Menções honrosas: Damien Rice, James Blunt, Pink Floyd, Richard Ashcroft, Travis, Simon and Garfunkel, Coldplay

Top 10 – Bandas/Cantores que ninguém conhece

1- The Thrills – banda de pop-rock-folk-indie-death-black-blue-red-metal irlandesa. Uma das que eu mais escutei esse ano. Um sonzinho bem simples e criativo, coisa linda. Parece um bocadinho com Travis. Têm três CDs, todos igualmente excelentes. Pra quem quiser começar, recomendo o CD So Much For the City. Melhor música: Santa Cruz.

2- The Shins – banda americana (até que um bocado conhecida pelas bandas de lá) de pop-rock-indie-blues-country-jazz-dança-de-salão. Descobri pela soundtrack do filme Hora de Voltar (soundtrack, aliás, feita pelo Zach Braff), aliás, no filme até citam o nome da banda. Também têm três álbuns, mas dois são excelentes e um é um tequinho pior (o mais novo: Oh, Inverted World). Pra quem quiser começar, recomendo o CD Chutes Too Narrow. Melhor música: Turn a Square.

10- Shout Out Louds – banda sueca de rock-indie-axé-samba-frevo. Não é exatamente desconhecida, afinal todo mundo conhece a música do Fiat Punto, Shut Your Eyes. Mas só uma música deles que fez esse sucesso todo. O primeiro CD (Howl Howl Gaff Gaff) é muito bom, um pouco melhor que o segundo (Our Ill Wills). Não se engane pelo novo do primeiro CD, todas as músicas são em inglês. Para quem quiser começar, recomendo o CD Howl Howl Gaff Gaff. Melhor música: The Comeback.

Top 10 filmes

1- Cantando na Chuva – um filme obrigatório para todo mundo. Engraçado, bem feito e com músicas viciantes (e clássicas). Até eu quis entrar em uma aula de sapateado (até eu experimentar imitar o Gene Kelly e torcer o braço). Quando dizem que Gene Kelly é um dos reis do musical, você imagina que ele é um deus. Quando você assiste o filme, você vê que ele é melhor ainda. Fora o elenco de apoio, muito, muito bom. E é claro, quero ver que se segura quando ouve Singin’ in the Rain.

2- Crepúsculo dos Deuses – uma das melhores direções de arte que eu já vi. A mansão da personagem de Gloria Swanson parece a mente da própria. Portas sem maçanetas, imponente por dentro, fachada já desgastada e por aí vai. Fora as belíssimas atuações do quarteto principal. Ah, é claro, a famosa cena da piscina, com o jogo de espelhos.

10- Cashback – uma comédia adolescente bem feita e inovadora. Artisticamente linda e com um roteiro bem interessante. Só a título de explicação, o protagonista tem o poder de parar o tempo (no filme ele pode parar o tempo, aí vai de quem assiste entender como metáfora ou não). Quando o tempo congela, o filme cai em estado de graça, com as divagações do protagonista e as cenas lindas. Sai aqui no Brasil “oficialmente” próximo ano, espero que não passe despercebido.


Top 10 diretores (vou tirar os manjados pra não ficar tão previsível)

1- David Cronenberg – o rei do escatológico. Os filmes de Cronenberg fazem fama pela nojeira, mas nem por isso deixam de ter roteiros profundos e críticos. Comecei vendo Videodrome, que até hoje acho o melhor dele. Há quem ache os dois novos filmes dele (que ele parte para o tema máfia) os melhores, mas acho Senhores do Crime e Marcas da Violência ainda inferiores a Videodrome. Fora esses filmes, ele ainda dirigiu o clássico A Mosca, fora outros filmes que até ganharam prêmios em grandes festivais.

2- Richard Linklater – do tipo de diretor que consegue êxito com filmes de baixo orçamento, para um público mais exclusivo (como os clássicos Antes do Amanhecer/Pôr-do-Sol e Waking Life) como filmes para um público mais geral (como Escola do Rock, Newton Boys e Jovens,Loucos e Rebeldes). E inclusive é competente em vários gêneros (ação, drama, comédia...). Da nova fornada de diretores que mostram que ainda existe vida no cinema americano.

10- Baz Luhrmann – fez três filmes, dois deles são Moulin Rouge e Romeu + Julieta. Precisa falar mais? Baz é diretor de teatro, por isso a pouca quantidade de filmes, mas dois são muito acima da média (confesso que não assisti o outro, Vem Dançar Comigo). Um diretor que tem pelo menos duas características marcantes: paleta de cores bem vibrante e a mistura passado+presente. Mas essa mistura não é nada sobre viagens no tempo. Moulin Rouge, por exemplo, tem um roteiro situado na época dos boêmios franceses, mas é um musical com músicas pops da época em que foi lançado. Romeu+Julieta se situa num mundo atual, mas usa os diálogos exatamente como no livro de Shakespeare (e o jeito como tudo se encaixa é no mínimo interessante).

Repetindo: eu juro que daqui pro fim da semana sai um texto bom.